Já cheira a Outono, no ciclo da
minha vida, e a cada folha que cai na minha vida,
É como se o meu coração
murchasse.
Sopram os ventos fortes do
Outono, com eles, os meus sonhos vão embora,
Voam ao sabor do vento.
Aos poucos, a vida perde o
sentido, parece que tudo se vai desmoronando.
Ficam as marcas das tempestades, as
perdas, os danos e os desencantos….
Com os ventos fortes do Outono, a
esperança perde as asas e a alma deixa de voar,
Esmorecem os sonhos no coração e,
aos poucos,
Aprendemos a voar nos ares da solidão.
Chegam as noites longas de insónias,
com tempo para reviver toda uma vida…
De tudo o que a vida me deu de
bom, o amor, os filhos que trouxeram à minha vida
Tantos momentos de orgulho, de
alegrias constantes…
Mas eis que chega o momento dos “sem”…
Sem afetos; sem emoções; sem o riso dos filhos, que aos poucos, nos vão
fugindo;
Sem o calor de um forte abraço; sem
as pessoas que amávamos e que já partiram;
Sem tantas coisas…
Mas nem todos os sonhos vão embora e,
com o passar da noite,
Chega o dia, e a esperança que o Outono passe, e que, as intempéries
do Inverno,
não deixem marcas no coração.
Espero que, com a chegada da
Primavera, a vida tenha um novo sentido,
O sol volte a brilhar e o calor
do Verão aqueça os meus sonhos …
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